O roqueiro da
primeira temporada do The Voice Brasil bateu um papo bem humorado com o Solta a
Voice sobre sua participação no programa, a polêmica com a cantora Preta Gil,
suas apresentações e sobre a sua carreira.
Clique em "leia mais" e confira esse bate-papo.
Gabriel, você ficou nacionalmente conhecido
após a sua participação no The Voice Brasil, mas quando esse seu contato com a
música começou efetivamente?
Desde sempre. Tem vídeo meu cantando com 2
anos. A música sempre teve o espaço que quis na minha vida, conforme eu podia
cantava.
O The Voice não foi o primeiro reality show
no qual você participou. Como foi a sua experiência no Geleia do Rock? Como
você avalia a sua participação? Você acha que o programa o acrescentou em algo
musicalmente?
Eu não me senti muito à vontade na casa.
Ainda não tinha preparação vocal profissional, demorei um pouco a criar
intimidade com as pessoas e descobrir quem ali se identificava musicalmente
comigo, descobri tarde demais. Mas foi bom, minha primeira experiência da
realidade dos realities, que é completamente diferente da nossa.
Participaria de um outro reality show?
Participaria, peguei gosto pela coisa.
No The Voice, nas audições às cegas, dois
técnicos viraram para você. Você já foi para o programa com o Lulu em mente ou
foi algo decidido na hora? Se não fosse do time Lulu, para qual dos outros
técnicos você iria?
Eu tive dúvidas até o dia das audições, enquanto trocava uma ideia com
os outros competidores acabei por definindo que se ele virasse era com ele
mesmo. Tenho muita admiração por todos, sinceramente, e em principal o Carlinhos
tava me fazendo balançar. Todos são gênios nas suas respectivas áreas, e por
mais que eu queira fugir de dizer o óbvio, eu sou do rock, e Lulu é Lulu, sem
comentários.
Você acompanhou o que o público comentou
das suas apresentações durante o The Voice? Você levou algum comentário em
consideração ou chegou a ficar chateado com outros?
Inicialmente tentei acompanhar de perto as
opiniões, buscando crescer com elas. Mas descobri rápido que as coisas boas são
maravilhosas, mas achei pouquíssimas críticas construtivas que me permitissem
crescer como cantor. Fiquei abalado sim, muitas vezes, até conseguir aprender a
compreender que faz parte, é um comportamento agressivo reflexo da nossa
sociedade, da liberdade de expressão que permite a era digital. No fim consegui
transformar as opiniões em crescimento, mas de uma maneira diferente.
Como era a sua relação com o Lulu? E com o
time em si? Você tinha contato com participantes de outros times?
Foi ótima. Ele tem uma compreensão vasta da
alma de um artista e de um jovem aspirante à rockeiro. Me senti muito
confortável com ele porque me senti compreendido e aceito, o que é extremamente
importante. Não fiquei com a sensação constante de me provar como cantor ou
como pessoa.
Em relação aos outros participantes, o The
Voice proporciona coisas incríveis no que diz respeito a diferentes tipos de
relação. Acabamos convivendo com todos um pouco e com uns mais do que outros,
criando tipos diferentes de intimidades. Daí tem a questão dos times. Interagir
e dividir experiências com participantes que não são competição direta(de outro
time) e ao mesmo tempo ter que balançarcom paixão com o nosso espírito
competitivo ao se relacionar com aqueles que dividem vaga no mesmo episódio
caracteriza uma situação única. Muito legal, conheci pessoas maravilhosas.
A sua discussão com a Preta Gil durante a
fase das batalhas gerou uma boa repercussão na Internet. O que causou o
estresse? Ou foi só um exagero da edição do programa? Como você avalia a
repercussão do caso? E como ficou a relação com a Preta Gil depois de tudo?
Eu diria que as proporções reais que
realmente envolveram nosso atrito são desconhecidas até para mim. Acho que o
favoritismo dela estava claro desde o início e a situação permitia isso. Ninguém
é obrigado promover a imparcialidade e eu nunca me incomodei em não ser o
candidato predileto dela no duelo. Quanto a questão do grito, se eu tivesse
feito a apresentação como pretendia ter feito ela não teria se incomodado
tanto. Nos ensaios tava mais legal e eu tava preparando outro lance pro dia, só
que não rolou. Obviamente tá tudo tranquilo entre nós, nos encontramos depois e
"fizemos as pazes" todos temos direito a uma opinião, o bom é que eu
consegui aceitar a visão dela e ela foi muito compreensiva comigo também.
Qual foi a sua apresentação preferida? Qual
você não gostou?
Come together sempre será minha preferida. Durante
o começo da música consegui controlar meus nervos o bastante pro Lulu virar e
isso me deu forças pra explodir do meio pro fim. Se ele tivesse esperado pra
virar talvez eu não tivesse conseguido fazer daquele jeito.
Não sou fã da minha Billie Jean e muito
menos da minha Garota Nacional, essa última então se pudesse anulava. Nessas
duas apresentações não consegui colocar minha cabeça no lugar e isso passou
diretamente pra minha voz e corpo. Fico muito contente de ter tido mais uma
chance na Hey Jude, ela serviu para provar para mim mesmo e para o Brasil que
eu não era homem de uma apresentação só.
Poder sair do programa com uma apresentação
a altura das minhas expectativas era um sonho secreto que sempre mantive e
lavou minha alma. Minhas palavras quando fui eliminado foram sinceras e aquele
foi um dos momentos mais felizes de todo o programa.
Teve alguma música que não cantou, mas
gostaria de ter cantado?
Queria ter cantado coisas que mostrassem
outras coisas da minha voz, músicas que fugissem do grito, mostrassem suavidade.
Trocaria Billie Jean e Garota Nacional por "So sick" e "Menina
Veneno", duas músicas que foram consideradas para mim na época e a última
até por iniciativa do Lulu.
Como você avalia a primeira temporada do
The Voice de uma forma geral? E como você avalia o time no qual você fazia
parte?
Eu achei que o The Voice foi uma reunião de
cantores magníficos com apresentações muito boas, mas infelizmente pra nós e
para vocês as melhores apresentações eu vi no hotel e nos ensaios...
Pouquíssimos conseguiram passar os 100% para os palcos do programa, nas últimas
etapas do programa a maioria era composta destas exceções, mas muitos dos
melhores cantores não foram tão longe quanto mereciam por talento puro. O
programa é ótimo, o formato é muito bem planejado e a execução brasileira ficou
acima das minhas espectativas. Foi um programa emocionante, com algumas
apresentações maravilhosas e uma vencedora justíssima. Eu convivi com a Ellen
desde o dia das audições e tinha uma noção de que, se não ganhasse, iria chegar
muito perto. Ela é o Brasil.
Você tem acompanhado a temporada atual do
programa? Como você a avalia? O que gostou e o que não gostou? Tem um
participante favorito? Viu alguém com potencial?
Até agora gosto muito do Dom Paulinho, mas
preciso ver ele mais pra confirmar o favoritismo. Tem mais alguns que estão na
minha lista caso ele não se confirme, mas por enquanto é ele. O programa tá
muito bom, achei que o clima das audições tava muito leve, quero ver como vai
ficar agora que a coisa vai esquentar. Fica tudo mais sério a partir das
batalhas. O nível tá parelho com o nosso, mas secretamente a nossa gurizada
compartilha da opinião de que o nosso tava um tantinho melhor ;) deve ser
porque a gente se ouviu muito por fora.
E para terminar, conte-nos como anda a
vida! O que tem feito, quais os seus projetos, os seus próximos passos, quais
os seus sonhos e faz aí o seu merchan hahaha!
Meu merchan é ótima xD Eu to trabalhando
duro pra construir uma identidade verdadeira que seja algo que as pessoas
queiram de verdade e que tenha a minha cara. Passei um ano de autodescoberta e
buscando quem eu iria levar comigo na minha carreira musical. Fechei meu
trabalho com uma produtora aqui do sul, a Good Music, e estamos juntos gravando
um EP com a produção musical do Nei Van Soria. Encontrei também pessoas legais
e competentes pra formar o que hoje é a minha banda de trabalho, e fiz vários
shows por aí :D pretendo depois de lançar o EP aumentar a frequência e lançar
minha cara com minhas músicas. Meu sonho é ser feliz, ver as pessoas ao meu
redor felizes também, e cantar muito. Estudo psicologia e gosto muito também,
embora cantar seja a verdadeira paixão. Vale tudo nessa vida, a gente faz de
tudo um pouco, mas admito que um sonho meu ultimamente vem sendo voltar mais
uma vez para meu palco preferido.
Muito obrigado pela entrevista, Gabriel!
ficou muito legal a entrevista, pessoal. Parabens! :)
ResponderExcluiressa briga com a Preta Gil foi uma das coisas mais engraçadas da temporada apksapksapk
ResponderExcluirsério: Preta Gil = ZZZZZZZZZZzzzzzzzzzzz
ficou legal mesmo a entrevista. espero ver mais gente dando as caras aqui no blog.
poderia ter pedido pro Gabriel soltar a voice dele pkapskapsk
realmente uma das apresentações dele que mais gostei foi Come Together e Hey Jude, ambas dos Beatles. eu gostava dele, mas acho que ele acabou saindo na hora que tinha que sair mesmo...
ResponderExcluire sobre a comparação com o the voice 1, acho que as audições deles foram melhores, mas as batalhas do the voice 2 foram bem melhores